sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Setembro - Vida nova...






Nos anos lectivos anteriores tinha-me passado ao lado os vários relatos, ouvidos no café, no mini-mercado, no parque, sobre o ingresso no infantário (Creche ou Pré-Escolar), de bebés de 12, 13, 14, 24 meses,  ou de crianças de 3, 4 anos...
 
Este ano, talvez por ter nos braços um bebé de 18 meses, este fenómeno está a mexer imenso comigo. Dói-me a alma ouvir tantas, mas tantas vezes: "ficou aos berros, a educadora teve que mo arrancar dos braços", "fica a chorar imenso, mas a educadora diz que se cala ao fim de 5 minutos, é só chantagem", "tem de se habituar, é o melhor para ele, em casa não aprende nada", "quando o vou buscar, começa a chorar outra vez, a educadora diz que é chantagem".
 
Sem qualquer juízo de valor, a verdade é que isto DÓI. Dói-me a mim que oiço, imagino o que não dói a quem passa por isto (miúdos e graúdos).
 
Independentemente das razões (mais ou menos válidas, a meu ver) que levam a maioria das famílias a colocar bebés (crianças de 3, 4, 5 anos é outra história, que será assunto para outro post) em Creches, é importante referir que os bebés não fazem "chantagens", "fitas" e "dramas". Os bebés expressam aquilo que sentem.
 
No seu livro "Besame Mucho", o pediatra Carlos González refere: "Ramón (tem quase 2 anos) mostra as várias reacções características de uma separação: agarrar-se como uma lapa à mãe e exigir atenção contínua, mostrar-se aparentemente tranquilo e cooperante quando está no infantário, mostrar-se inqueto quando o deixa... Parece que é precisamente o facto de não chorar quando se encontra no infantário que convence a mãe de que tudo não passa de teatro. Do que necessitaria a mãe para compreender que o filho sofre realmente? Que não pare de chorar durante todo o tempo que passa no infantário? Ninguém chora tanto. Perante as maiores desgraças e calamidades, o ser humano chora durante uns momentos e depois segue em frente (...) Deixar de chorar, mesmo no caso daqueles que se fazem fortes e tentam suportar com valentia a situação, não significa que tenham deixado de sofrer."
 
Ninguém gosta que os seus sentimentos sejam desvalorizados ou não reconhecidos como válidos. Reconhecer e aceitar o sofrimento do bebé/criança é meio caminho andado para chegar a bom porto, neste processo complexo que é o ingresso no infantário.
 
 
 


terça-feira, 4 de setembro de 2012

As Férias!

 
 
 
 
 
 
O meu filho nas férias continuou a ter mãe (e pai) a toda a hora, nada de mais para quem está habituado! Mas teve também água (quente e fria), areia (dentro e fora do corpo), avós e bisavós, um tio muito babado e muito mimo de todos!
 
Com tanta alegria e tantas coisas boas, para quê comer? E dormir? "Nã,nã, nã", como ele próprio diz, vou mas é aproveitar isto ao máximo! E pronto, a mãe passou as férias de mamas de fora, para o jovem se ir alimentando entre uma brincadeira e outra. Na maravilhosa praia de Cabanas de Tavira, não houve ninguém que não me visse de mama ao léu!
 
Estamos a caminho dos 18 meses, com a certeza de que fizémos a melhor opção. Não sei como será a maternidade sem amamentação, nunca experimentei, mas sei que com amamentação é a melhor coisa do mundo.
 
 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Só percebe quem passa...








Bom fim-de-semana!


Oxitocina, meu amor!




Há 6 meses atrás, escrevi aqui sobre a saga dos discos de amamentação. Agora venho dizer que continua!
 
Como é que as outras mães fazem para não usar?!
 
Eu continuo furada! Olho para o miúdo, penso "Ai que lindo!" e começa a sair leite em repucho! (ai a oxitocina...).
 
O filho cai e chora, leite, leite, leite! (a amiga oxitocina outra vez...).
 
O filho ri e lá vem mais leite!
 
Por alguma razão se chama à oxitocina a hormona do amor!
 
Como é que eu faço para controlar este amor em estado liquido?! É que estou mesmo farta de andar almofadada...

 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mães, Avós e Empregadas





Há uns tempos atrás, quando o David tinha poucos meses, nos nossos passeios matinais, encontrávamos outros bebés acompanahdos principalmente por avós ou por empregadas. Eram poucas, muito poucas, as mães a tempo-inteiro que andavam a passear com os filhos a essas horas.

Actualmente, deparo-me com outra realidade, há cada vez mais mães a brincar com os filhos no parque, durante as manhãs.

É uma realidade assustadora. Existem muitas mães que trabalhavam, a maioria porque precisavam, e que se veêm, na conjuntura actual, sem emprego.

Inicialmente têm uns meses de subsídio de desemprego, mas, e depois? Como é que as "nossas" famílias se vão arranjar?

Não faço ideia e, o pior, é que acho que ninguém faz...





quarta-feira, 9 de maio de 2012

Não te cansas?





Para informação dos interessados (escusam de estar sempre a perguntar-me o mesmo):

- "Não te cansas de estar com ele o dia inteiro?" - Não.

- "Não te cansas de o ter colado a ti 24 horas por dia, noite e dia?" - Não.

- "Não sentes falta da tua vida anterior?" - Não.

- "Não sentes falta de alguma independência?" - Não.

- "Não estás cansada de amamentar há tanto tempo?" - Não.

- "Não sentes falta de o deixar algum tempo com outra pessoa?" - Não.

- "Não é muito desgastante dormir com ele a mamar a noite toda?" - Não.

Aliás, Adoro!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ser feliz








I love my Mum and Dad - they're the centre of my world.

It is their special, loving presence that helps my life unfurl.


I went straight to Mum for cuddles right after I was born.

It's the best place in the world, so blissful, soft and warm.

 

When I'm hungry, tired or lonely, my cries are swiftly heeded.

With lots of love and kindness I am given what is needed.


For the best part of the day I am carried in a sling.

It's such a reassuring way for my new life to begin.

 

It's a lovely, cosy place to have a little sleep,

And because I am so happy there, I hardly make a peep.


There are so many things to look at as we go from place to place,

I also really like being able to see my mummy's face.


Sometimes it is Daddy who carries me around.

I can hear his heartbeat - it's such a comforting sound.

 

At night I like to know that Mum and Dad are near.

Lying close beside them means I sleep soundly with no fear.


 
My parents are so patient as I learn the way of things.

They laugh at funny moments that a new day with me brings.

 

I love that Mum and Dad give me so much of their time.

It makes me feel so loved. I grow confident and shine.

 

The time and love they gave me will certainly endure,

For I'm an adult now, happy, confident and secure.



Megan Tyers
 
 
 
Retirado de : http://www.drmomma.org

domingo, 6 de maio de 2012

FELIZ DIA DA MÃE





Nada melhor como o Dia da Mãe para voltar ao "activo", após uma longa ausência (devido a férias e a motivos pessoais).

Entretanto, cá em casa já contamos com 14 meses de David.

Mais de um ano... já!

Mais de um ano de um Amor sem limites, de tanto colo que tenho tendinites (crónicas) nos dois pulsos, de não dormir mais de 3 horas seguidas, de me derreter e emocionar com cada sorriso, cada conquista, cada aventura da minha cria, de produzir leite 24 horas por dia há mais de 365 dias, de amar vê-lo mamar, de não acreditar que ele já corre!

Faz amanhã 14 meses que descobri que nasci para ser Mãe!

FELIZ DIA DA MÃE


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

UM MÊS!







Sim, sim, sim! Vou estar de férias um mês!

Divirtam-se na minha ausência!

Até breve!




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Para uma "Grande" Mãe!




Para a minha prima "mais pequena" e para o seu filhote mamão, um grande beijinho.

Acredita que o teu Coração de Mãe irá saber tomar as melhores opções nesta nova fase que é o regresso ao trabalho.

As noites irão compensar os dias e ele saberá que a mãe está sempre ao seu lado, a cuidar dele (mesmo quando não está por perto).

Muitas felicidades!




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Existem pessoas...





Existem pessoas que não são médicas, enfermeiras, psicólogas, antropólogas ou sociólogas. Que não leram muitos livros, nem fazem pesquisas na internet.

Existem pessoas que não têm amigas ou familiares com filhos pequenos. Que não foram cuidadas por mães estremosas.

Existem pessoas que, apesar de tudo isso, fazem aquilo que sentem ser o mais adequado para o seu bebé.

Amamentam a pedido 24 horas por dia, contra as recomendações do pediatra e das enfermeiras.

Dormem com os seus bebés, apesar da opinião de todos os que as rodeiam. Deixam-nos fazer sestas ao colo, embora a maioria considere ser um "mau hábito".

Existem pessoas que, não seguindo teorias nem recorrendo a modelos, cuidam dos filhos da forma como a sua natureza lhes indica.

Sim, existem, porque eu conheço algumas... o que me deixa muito feliz!




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Blogue - Cientista que virou Mãe






Já aqui fiz referência a alguns blogues que considero interessantes, na área da maternidade/parentalidade. Hoje, venho referir um blogue do qual sou leitora assídua: Cientista que virou Mãe.

A autora aborda temas como: humanização do parto, amamentação, maternidade consciente... entre outros de igual pertinência.

Um dos últimos artigos, que me despertou especial interesse, tinha como título Reflexões sobre amamentação prolongada e desmames precoces.

Gosto muito das reflexões da Ligia acerca dos temas que trata. Neste artigo que referi ela escreve:

"Todo mundo passa por momentos de dúvidas, de incertezas, de crises, sobre as mais diferentes situações. O que vale mesmo é o que fazemos com elas. Se elas nos destroem ou se ajudam a nos construir".

Não podia estar mais de acordo...
 
 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amamentação: pela saúde pública (mundial!)





A Patrícia Alexandra Costa Dias, grande defensora da amamentação, criou um movimento intitulado "Amamentação: pela saúde pública (mundial!)".

Trata-se de uma iniciativa que considero louvável e que, obviamente, terá o meu apoio.

Vou transcrever a sua explicação sobre a criação do movimento:

"Aproveitando a oportunidade que o Governo está a dar para os cidadãos partilharem boas ideias, criei o Movimento "Amamentação: pela saúde pública (mundial!)". O Movimento mais apoiado terá uma audição com o Primeiro-Ministro, quem sabe para a sua viabilização. Preciso, pois, do vosso voto. Estamos a criar gerações de crianças com sistemas imunitários fragilizados, algo que poderia ser alterado se tivéssemos em Portugal uma cultura de aleitamento materno. Mas a falta de tempo das mamãs e a publicidade agressiva dos substitutos do leite materno relegam a amamentação para segundo plano, quando o leite materno é a "vacina" mais eficaz que pode existir para as nossas crianças. Por favor, leiam o que proponho para a criação de grupos de apoio ao aleitamento materno, façam "apoiar" e PARTILHEM. O registo no site do Governo é simples (inserir apenas nome e e-mail) para poderem APOIAR. São precisos muitos votos, mas eu acredito que é POSSÍVEL. Por favor, ajudem. Bem-hajam."

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sol de pouca dura...





Sim, é verdade que me avisaram, aquando do post "E Agora?!", de que provavelmente o meu pequeno estava apenas a recuperar das noites mal dormidas por culpa dos bicharocos e que, uma vez restabelecido, tudo voltaria ao que era antes...

E não é que tinham razão?! Pois... tudo voltou à "normalidade" e o meu pequenote voltou a ser um mamão noctívago!

É importante que isto seja aqui dito, para que outras mães não se interroguem: "Porque é que o filho da mãe do Nascer Em Ti já dorme a noite toda e o meu não?! Que pouca sorte...".

A verdade tem de ser dita: foi sol de pouca dura!

Afinal ainda precisa de mim durante a noite... ;-)



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

E agora?!




 

Após 10 dias de luta, parece que os bicharocos se foram embora e deixaram o meu bebé em paz!

E, após várias noites a dormir muito mal, com direito a tosse, choro, muito colo e muitos mimos, parece que o meu filho decidiu que a mãe precisava de descansar e... passou a dormir a noite toda!

Isso mesmo, para minha perplexidade, o David, com 11 meses, que era um mamão noctívago, de há três noites para cá, deixou de acordar para mamar, ou seja para o que for! Dorme, dorme, dorme e quando se mexe e remexe (eu logo pronta, de mama de fora), vira-se para o outro lado e continua a dormir! Era só para mudar de posição...

E eu, ali... então, meu amor, não queres maminha?! Parece que não... E agora?!

Não sei o que sinto, parece que o meu filhote está crescido! É claro que sei que poderá ser uma fase passageira (é o mais certo), mas sinto um misto de vazio, por ele não precisar de mim durante a noite, com felicidade e orgulho, pela sua autonomia e pelo seu crescimento.

Durante o dia anda todo bem-disposto e tem dormido menos. E assim, nós, pais, vamo-nos adaptando ao seu desenvolvimento e observando o seu crescimento. É tão bom!


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SUPER-MÃES





"Ser levado, embalado, acariciado, pego, massageado - constitui, para o bebê, alimento tão indispensável quanto vitaminas, proteínas e sais minerais. Se for privado disso tudo, e do cheiro, do calor e da voz que ele conhece bem, mesmo cheia de leite, a criança vai deixar-se morrer de fome"

Frédérick Leboyer

Copiado de MATERNIDADE ATIVA





quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012